sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

7 anos de tudo.


   Tudo parecia tão vazio ao redor, mas eu estava sentindo algo ferver na pele. Era uma hora da manhã quando meu mundo realmente desabou com uma simples frase. Eu sabia que estava pensando em mim mesmo a quilômetros de distância. Eu estava lembrando de alguns textos antigos que fiz. Ou das frases que escrevi nele. Ou no título que escrevi em um deles. "Já teve um amor de mais de 5 anos? Não, isso é paixão". Ainda me pergunto porque lembrei disso, mas eu contei nos dedos e relembrei do passado. Acho que você não se lembra, mas eu lembro. Uma vez você me disse quando começou a me amar e eu realmente não poderia acreditar, mas sempre via a sinceridade nos teus olhos. 
   Contei várias vezes no dedo porque não acreditava naquilo. E recontei de novo enquanto escrevia isso. Foram 7 anos. Você poderia ter vivido lindas histórias de amor. Eu nunca vi alguém amar alguém assim. Não é qualquer um e eu poderia ter percebido isso logo. Eu poderia ter percebido que o meu bem era você. Errar é humano, mas pra mim, isso foi a pior coisa que já aconteceu comigo. 
   Você lembrou de mim. Significa que você se importa comigo. Eu só preciso de ajuda, preciso saber como recuperar as forças que eu perdi. Aliás, será que eu ainda tenho forças? A saudade dói muito mais do que eu pensei, mas, mesmo doendo, eu não deixei de sentir sua falta. Eu só queria que você me dissesse que iria esquecer o passado e que iria vivenciar o presente comigo. Teu amor te fez chorar, sorrir, cair e levantar, mas, acima de tudo, você não parou de acreditar. E cada vez que eu penso em você, as memórias ecoam na minha cabeça. 
   Sinceramente, eu nem sei mais escrever. E além disso, algo em mim está doendo enquanto eu escrevo. Tudo que eu escrevo é sobre você e isso me faz perceber o quanto isso me faz te querer. Eu só queria te pedir, para não esquecer de mim.

Autora: Katlyn Neris

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Treinada na conquista


Lá estava ela com esmalte e batom vermelho
No chão do banheiro, ergue-se a cabeça
Ri de si e dos outros que riram dela
Ela estava vivendo entre muitos iguais
E sabia que estava pronta para a conquista

 Ela sabia ser tímida, safada, descolada, conquistadora
Ela sabia conquistar as pessoas com seu jeito
Num simples pisar no chão já tinha caído tudo
Porque ela sabia que não ia ser sempre como antes

O que todos se perguntavam
Era como ela conseguia saber o jeito de cada um
E ser igual sem mudar seu jeito
'Ah, sempre com o meu jeito' dizia

Olhou aquele rosto e passou a mão nos lábios
Ela iria mudar seu signo, sua vida
Ela tinha novos planos, planos bem mais maldosos.
Porque ela estava treinada na conquista
E não tinha quem a segurasse, pois já era tarde demais

Autora: Katlyn Neris

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A saudade me enviou uma mensagem

   Era quase meia noite, eu tinha acabado de desligar o notebook depois de fazer uns três capítulos do livro que estava escrevendo, estava cansada e prestes a deitar na cama quando recebo uma mensagem no celular. Era ele; Fazíamos 10 dias que não nos víamos ou se falávamos. Meu coração acelerou quando vi um número que reconhecia. Eu peguei o celular e deitei na cama, desbloqueando o celular. Quando eu li a mensagem, senti aquela saudade que eu havia esquecido na caixinha se espalhar por todo meu corpo e não aguentei guardar isso só pra mim.
   Quando respondi a mensagem, tentei dormir, mas sempre ficava abrindo um pouco do olho para ver se o celular não estava aceso com outra mensagem. Mas nada mais. Fechei os olhos e só fiquei pensando na hora que ele iria voltar. Eu estava precisando dele mais do que nunca havia precisado. Eu me sentia desprotegida, sozinha e sem alguém para me conquistar todos os dias. Sim, eu estava precisando que alguém me conquistasse todos os dias. Ah, nossa, como eu beijei aquele celular.
   Nem quando eu finalmente dormi eu tive sossego naquela noite. Eu pensei nele toda hora, ele vivia nos meus sonhos e aquela mensagem fez piorar isso; Ele estava lá com seu jeito perfeito e estava me abraçando, me fazendo sentir protegida e meu coração não parava de palpitar. Eu sabia que ele era quem eu queria ficar para o resto da vida, que ele era quem eu não queria trocar.
   Em outra mensagem, percebi que ele iria voltar, que ele não aguentava mais também ficar longe de mim. Ele também se sentia só e precisava que eu estivesse com ele. Tem aquele ditado que diz que quando você não consegue dormir é porque está acordado no sonho de alguém, então acho que ele não teve uma boa noite naquele dia. 
   Eu só desejava que ele chegasse logo.

Autora: Katlyn Neris

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Nada Importante

   Ela realmente estava precisando esfriar a cabeça. E que lugar melhor do que paris? Só que não podemos dizer a cidade do amor, já que ela foi pra lá para esquecer do amor. Estava quase escurecendo e ela estava sozinha na fila para subir na torre eiffel. Quando finalmente chegou lá em cima, o sol estava se pondo e ela relembrou do que queria esquecer. Ela se lembrou dele, da pessoa que ela não queria amar.
   Nunca mais ela iria esquecer do dia que os dois foram ao cinema como amigos. Em uma hora ele ofereceu pipoca pra ela e seu coração estava batendo mais que o normal. E em outra hora quase que se beijavam. Ah, mesmo que ela deixe de gostar dele um dia, tenho certeza de que ela não irá esquecer dele, nunca. O engraçado é como ela nega de maneira como quem diz 'eu gosto, eu amo'. É só porque ela desejaria não amá-lo.
   Nesse mesmo dia, assim que saíram do cinema, ela resolveu falar com ele. Puxou ele sem que ninguém visse e esperou que os outros amigos saíssem de vista. 
   - Eu preciso falar com você - A enorme pausa entre as palavras era grande. Ele não falou nada e ela se encostou na parede e respirou fundo como quem queria fujir de um assunto, mas ela sabia que tinha que enfrentar - Faz tempo que eu vevonho sentindo algo mais por cê e... - Ela olhou para a expressão dele que parecia ser muito normal - E apesar das nossas diferenças, eu quero que saiba que eu amo você.
   - Você é uma ótima amiga pra mim. Eu também amo você - E ele a abraçou.
   Ela não podia acreditar que aquilo acontecera com ela. Ele sabia que ela não disse 'eu te amo' como amiga, mas ele preferiu fujir.
   - Não sou nada importante pra você, não é?
   - Somos diferentes demais.  
   - Não escultou o que eu disse? Apesar das nossas diferenças... - Ela pretendia dizer muito mais, mas foi interrompida.
   - Para com isso - E fez um gesto de quem queria sair daquele assunto, de quem queria não ter descoberto isso, apesar das dúvidas.
   E mais uma vez ela teve que relembrar aquela cena. Os minutos passaram e ela não tirou olhos do pôr do sol que já estava quase indo embora. Ela queria esquecer. Não queria ser uma nada importante na vida de alguém. Talvez a viagem a paris não tenha adiantado mundo bem. É, realmente, não tinha como ela esquecer.

Dedico à Anne Louise e (a outra pessoas que não poderei citar o nome se não eu morro.
Autora: Katlyn Neris

É real se você quiser.

   Eu estava voando nas nuvens quando senti uma pressão que me fazia cair. Estava deitada na minha cama olhando para as estrelas no teto. E eu estava soando frio. Meu medo de que aquilo fosse um sonho realmente aconteceu. Era só um sonho e eu novamente acordei para a realidade. Como dizia minha avó "sonhe enquanto pode, pesadelos você tem quando acorda", mas eu tinha 99% de certeza de que aquele sonho era realmente verdade.
   Eu escrevia no meu diário, como toda noite, e eu mais uma vez escrevi que estava com medo da minha janela que ficava tão próxima da minha cama. E eu ouvi algo vindo lá de fora, perto da árvore que estava enfeitada com coisas de ano novo e natal. Eu olhei assustada para janela e só uma sombra eu pude enxergar. Guardei meu diário na minha escrivania e voltei a olhar a janela. Enquanto eu estava lá concentrada, ouvi a porta da frente batendo. Pensei em descer, mas não. Deitei rapidamente na minha cama e me cobri por inteira com o lençol.
   O quarto ficou em silêncio por um bom tempo e isso estava me deixando cada vez mais em pânico. Meu coração acelerava cada vez mais e minha respiração estava ofegante. Tentei dormir, tentei fechar os olhos, mas não conseguia nem me mexer direito. Eu não estava mais aguentando ficar ali e resolvi ver o que estava acontecendo, porém, quando abri a porta vagarosamente, uma sombra rapidamente passou sobre mim e voei. Sim, voei mesmo. Mas voei descontroladamente. Eu gritava e batia nos móveis do meu quarto. E a sombra preta invadiu o meu quarto e algo me pressionou para eu cair no chão. 
   - Ei, acorda, já está tarde.
   Abri os olhos e olhei para o relógio sem reconhecer a voz. Eram 7:30 da manhã e minha irmã que havia me acordado. Dei uma longa piscada e fiquei olhando para o teto estrelado.
   - Pesadelo de novo? - Perguntou ela.
   - Pesadelo a gente tem quando acorda, como diz vovó - Rimos.
   - E se fosse verdade?
   - Se fosse verdade o quê? O sonho? - Ela concordou com a cabeça - Eu não sei, acho que... - Eu me dei conta da pergunta dela e levantei-me da cama rapidamente. 
   Olhei meu quarto enquanto ela ainda estava sentada na minha cama. Meu quarto estava bagunçado, completamente.
   - Isso é real?
   - Se você quiser que seja.
   Eu realmente queria que aquilo fosse real. Sorri e corri para fora de casa. O sol estava lá e a noite já havia acabado. Eu podia me sentir melhor e desejava que aquilo fosse real.

Autora: Katlyn Neris.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

So Bittersweet


Um som agridoce invadiu a sala
Tudo iria ficar bem, eu ouvia
Eu sabia que tudo iria ficar bem
Mas talvez demorasse um pouco

Um toque agridoce invadiu o meu corpo
Tudo parecia doer muito
Mas eu sabia que aquela dor 
Iria valer a pena algum dia

Um gesto agridoce invadiu meus olhos
Eu vi todas as cenas passarem em minha mente
E tudo era tão agridoce
Mesmo quando a dor parecia não ser suportável

Um sorriso agridoce invadiu meu rosto
Eu tinha fé que aquilo era verdadeiro
E que todas as coisas que um dia foram lágrimas
Viraram sorrisos doces.

E eu vi borboletas voarem ao redor
Só por causa daquele momento
Só para passar por cima do passado
E mostrar que tudo um dia se cura.

Autora: Katlyn Neris

domingo, 13 de janeiro de 2013

A última carta da vida.

"Filadélfia, Pensilvânia, 23 de outubro de 1955.
   Nathalie, por que nunca mais escreveu-me? Esperei 5 meses por uma carta sua. Mandei 10 cartas contadas pra você e parece que você só fez jogar em uma caixa e colocá-la em baixo da cama. Foi isso não foi? Te conheço. Ashley e eu estamos sentindo sua falta. Ela chora todos os dias. Ela já tinha se acostumado com você contando histórias todos os dias antes d'ela dormir. Ela disse que não era a mesma coisa eu contando história para ela dormir. E eu? Quase não consigo dormir a noite. Não só pela Ashley que quase também não dorme, mais também porque você faz uma grande falta nessa casa. Quando você vai voltar? Por favor, responde, estou precisando saber notícias tuas. Mamãe disse que você não iria voltar, mas eu sei que você vai voltar.
   Christian. Apenas Christian."

   Eu peguei a carta do Chris e pensei em não responder, assim como fiz com as 10 últimas cartas que ele mandou pra mim, mas não pude resistir simplesmente pelo fato d'ele ter falado da Ashley daquela maneira. O Chris havia sumido por alguns anos quando eu tive a Ashley, então sempre fui eu que contei histórias para ela antes de dormir. Estranho porque isso deveria ser coisa de pai.
   Eu deveria está com eles na Filadélfia, mas estava com uma doença que ainda não haviam descoberto qual era e achei melhor ficar em NY, onde minha mãe morava. Parei de escrever quando, na última carta, ele me disse que tentaria mudar de vida, que queria uma nova namorada. Ele sabia que eu estava doente, mas não sabia se era grave. Acho que ele sempre achou que eu tinha inventado uma gripe para deixá-los só, mas não foi isso. Eu até poderia dizer que era mais grave do que ele pensava, mas eu sempre imaginei que eu iria morrer e não queria mais dar sinal de vida, queria que eles começassem a se acostumar sem mim. 
   Eu tive que retribuir a carta.

"Nova York, Los Angeles, 23 de outubro de 1955.
   Chris, achei que iria criar uma nova família. Aliás, você já deveria ter criado uma nova família. A Ashley pode viver sem mim, vou te contar o segredo: Sempre que ela fechar os olhos quando estiver lendo pra ela, deite-se ao lado dela e fique por uns vinte minutos. Bom, acho que é melhor vocês irem se acostumando sem mim, como comecei a dizer, talvez não volte bem, talvez não volte. Não fique preocupado, como você disse, deve ser uma gripe passageira que os médicos ainda não descobriram que é gripe porque minha gripe é especial - adoro fazer as pessoas rirem. Não tenho tempo pra te responder, estou ocupada demais deitada em uma cama e lendo livros novos. Mamãe comprou uns livros ótimos pra mim que jamais encontraria em Filadélfia. Então, tenha uma ótima vida daqui em diante. Mas posso te pedir uma coisa? Não diga pra Ashley que eu abandonei-a. Explique direito a ela tudo que aconteceu, ela já tem idade para entender o que está acontecendo.
   De sua esposa, Nathalie."

Autora: Katlyn Neris

sábado, 12 de janeiro de 2013

[...] E a saudade só aumentava.

   Passaram-se 3 dias e ela já estava morrendo por dentro. Ainda faltava muitos dias para ele voltar e ela não tinha nem sinal dele. Ela queria saber notícias, mas não havia como. Nessa mesma noite em que havia passado 3 dias, ela se deitou em sua cama em plena madrugada e deu-se a pensar. Ela sentia tanta falta dele que um vazio estava percorrendo todo seu corpo. Não pode acreditar que aquilo estivesse acontecendo com ela. Não pensava ela que iria sentir falta dele tanto assim. E por isso arrependeu-se de ter tratado-o mal no último dia que se falaram. Haviam contado algo a ela que ela desconfiava que era mentira, claro que era, mas ela sempre tira as conclusões precipitadas.
   Ela lembrou de quando eles namoravam. Ela não era tão apaixonada por ele, achava ela. Mas ela sentia uma falta de amigo. E quando tudo terminou? Ah, quando tudo terminou. Ela começou a sentir falta. Eita, ai entra o "você só dá valor quando perde". Foi exatamente o que aconteceu com ela. E ela não parou nem uma vez de pensar nele, em como voltar a falar com ele. E quando mais essa confusão acabou, acontece o quê? A pequena garota começa a sentir uma falta que não é mais de amigo. Como ela faz coisa errada. Tsc, tsc. 
   Uma vez eu perguntei a ela se ela o amava. Ela respondeu que amava como amigo. Mas eu sabia que ela desejava amá-lo como namorado. E foi ai que, um pouco mais pra frente, ele deixou uma dúvida aberta na cabeça dela: "Me ama ou não?" Nossa, e como isso estava tirando ela do sério. Acho que essa dúvida é o que está deixando ela cada vez mais apaixonada por ele e o pior é que ela não é a garota de atitude que o signo dela diz que ela é. Ela queria ter a audácia de perguntar a dúvida que lhe perturbava. 
   Tenho certeza que ela queria chorar, berrar, fazer de tudo para ter contato dele, mas não havia outra saída a não ser esperar. Esperar, esperar, esperar. Isso estava deixando-a louca. E ela ficou com medo de nunca mais ver aquele garoto tão perfeito. Ela olhava as conversas, as fotos, as perguntas, tudo que tinha haver com ele. E a saudade só aumentava.

Autora: Katlyn Neris

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A Guerra dos 13

   Era estranho está diante de mais 12 pessoas e não saber o final da história. Eu desejava que tudo terminasse bem, mas não sabia onde eu estava, estava perdida. Existia pessoas que lutavam sozinha, outras que lutavam em 4 pessoas. Era uma guerra bagunçada e eu estava no meio disso tudo, eu não sabia em quem confiar. Era tantas palavras que pareciam verdadeiras, mas eu não sabia que a maioria podia ser falsa. Cadê os amigos que sempre foram tão unidos? Todos estavam se afastando um do outro e esquecendo que eram amigos.
   E eu sentei-me um pouco longe deles e comecei a relembrar de antes, antes de tudo isso. A gente se divertia como nunca e todos eram verdadeiros com todos. E lembrei como tudo começou. Acho que poderia dizer fofoca, ou, mais específica, inveja. Eu sabia que nada isso ia voltar tão perfeitamente e me sentia culpada, mas não sabia como para-los. Eles tinham forças para ir até o fim, até alguém ganhar. Era amizades, amores, tudo junto. Minha cabeça já não captava tanta informação, mas eu guardei muita coisa de cada uma das pessoas. E o pior que isso estava indo longe demais.
   As brigas cresciam a cada mês que se passava. Uns ainda estavam com todas as forças, outros tentavam desistir, outros nem sabiam que estavam perdendo a luta. E foi destruindo alguns pedaços até que comecei a dar falta de alguns pedaços que existia. E eu fui correr atrás. 
   - E se todos desistirem e voltar a ser como era antes? - E eu pensei também na probabilidade de só eu esquecer as coisas ruins tão rapidamente. 
   Eu não gostava de guardar magoa de ninguém e estava disposta a perdoar todos e esquecer tudo. Eu não sou aquela que tem tanta sorte, mas eu vivia com a pouca sorte que eu tinha. E eu esperei a guerra acabar, parecia uma guerra de 13 anos. E quando tudo acabou, eu resolvi dizer que podíamos viver sem nenhuma magoa e, além do mais, um novo ano já estava aqui. Um novo ano. Esquecer o passado. Lembrar do presente.

Autora: Katlyn Neris

Encontro a Dois

   Havia lugares melhores para se encontrar, mas ela preferiu o lugar onde eles se encontraram pela primeira vez. Era um restaurante quase sem ninguém e faltava algumas horas para fechar, mas ele dizia que não ira passar tanto tempo lá. Ela o aguardava sentada em uma mesa no canto do restaurante e estava escrevendo em um guardanapo. Ele apenas sentou-se virado de frente pra ela e esperou que ela falasse e o mesmo ela fez, esperou que ele falasse, ou seja, acabou que ficaram em silêncio até um garçom chegar e perguntar se eles queriam pedir alguma coisa.
   - Um suco de maracujá - Disse ele.
   - É bom para desestressar. - Disse ela.
   E ele tentava manter a calma sorrindo falsamente. O garçom saiu e um novo silêncio ficou entre eles. Ele não queria olhar mais para ela e ela tentava fazer um esforço para que ele começasse a conversa para que ela pudesse terminar e sair ganhando. Mas ela esqueceu que isso não era um jogo.
   - Você sabe o motivo de eu vim aqui - Ele começou dizendo. - Não vou demorar muito, só queria pedir que parasse de me perseguir, que parasse de me xingar.
   - Você mesmo me xingou quando tudo acabou. - Ela falou de um jeito irônico, porém não estava sendo.
   - Como queria que eu estivesse? - Outro silêncio ficou entre eles por alguns minutos - Eu não deveria ter vindo - Ele se levantou.
   - Não! - Ela segurou em sua mão. - Não se vá novamente.
   - Novamente? - Ele se sentou - Você se foi, você me trocou.
   O suco acabara de chegar e ele abaixou a cabeça para que os outros não escultasse o que passara ali, mas ela insistiu em continuar falando palavras que ele não conseguiu juntar. Ele apenas pegou o suco e ficou de cabeça baixa. Até que não aguentou mais as palavras dela e disse:
   - Estou tentando ser calmo com você. Você escolheu seu caminho e eu sei que não quer voltar atrás, nem sei porque me chamou aqui. Sei que a única coisa que você quer é ser feliz com seu novo namorado e você gosta dele, não gosta? É isso que você diz na minha cara todos os dias. Ou será que está usando ele só pra me fazer ciúmes? - Ele estava começando a ficar estressado.
   - Eu gosto do meu namorado, só quero te mostrar que eu estou sendo feliz e você ainda não tem ninguém que gosta de você - Ela respondeu com ignorância.
   - Parabéns, você mostrou quem você realmente é. - Ele sorriu pra ela e se levantou. - Ah, isso foi um encontro, não foi? Encontro a dois, mas não se preocupe que seu namorado não irá saber pela minha boca, 
espero que ele descubra sozinho para saber quem você realmente é.

Autora: Katlyn Neris

sábado, 5 de janeiro de 2013

A rainha das amizades


   Todos os dias de sua vida e todo o canto que ela passava tinha algo que dizia a ela o quanto ela tinha azar nas amizades. Até seu signo dizia isso. Ela via que isso era realmente verdade. Cadê os amigos que todos tinham e ela não? Ela as vezes sentia-se só. E tantas pessoas passaram na sua vida durante um ano. Assim como ela perdeu pessoas. E cada vez que ela perdia mais pessoas, mais ela se sentia sem amigos. 
   E ela tinha uma amiga que sempre estava ali com ela. E essa amiga tinha muitas amizade. Porém a anti-social, como era conhecida, era considerada, além de anti-social, também de chata, ignorante, arrogante. Mas as vezes ela nem se importava, nunca ligou para o que os outros pensam. O que fazia ela se importar era a falta de alguém quando ela estivesse chorando. E ela olhava aquelas amizades que xingavam uma a outra, que brigavam de brincadeira, que riam muito juntas... Enfim, ela via tantas amizades que parecia ser verdadeira e acreditava que as suas também, porém poucas, podiam ser verdadeiras. E ela percebeu que muita gente não era tão verdadeira assim. Ou seja, ela percebeu que quase não tinha amizades. 
   Uma vez ela conheceu uma outra amiga e pouco depois, sentiu-se confiança para contar algumas coisas do que sentia, ou seja, que sentia-se sem amizades. E ela até pensou que iria se arrepender depois, mas ela não aguentava mais segurar tanta coisa e ficar contando para se mesma. E sabe, ela nem se arrependeu depois. Ela foi acolhida com muito amor. 
   - Ei, você não é nenhuma anti-social, nem chata, nem arrogante e nem mesmo sem amizades. E quem disse que você tem poucos amigos? - Ela pegou uma papel e uma caneta e deu para a garota que sentia-se anti-social. - Escreve o nome dos seus amigos que você considera.
   Demorou um pouco pra ela lembrar todos, mas sabe, deu muito mais que todos os seus dedos da mão. E sabe o que era melhor? Ela podia confiar em muitos deles.

Autora: Katlyn Neris