domingo, 16 de dezembro de 2012

Já teve um amor de menos de 5 anos? Não, isso é paixão.

Natal, 16 de dezembro de 2012.

   Caro conhecido,
   Escrevo-lhe esta carta não só porque poderia ser um ano de namoro, mas lembrei-me de ti. Adivinha quem eu encontrei hoje. Sei que você não faz a mínima ideia. Então, eu encontrei a garota pela qual você me trocou. E, com certeza você lembra, hoje é o aniversário dela. E eu desejei a ela muitos anos de vida. Você deve está pensando: Por que fez isso? Mas ela não tem nada a ver com o que você fez e ela não quis você. 
   E eu lembro que ano passado, nessa mesma data, no aniversário dela, todos saímos para nos divertir. Ah, era tanta gente que nos separamos em dois, mas você estava lá no mesmo "bloco" que eu. Talvez você se lembre ainda de quando perguntou se eu queria que fosse serio. E eu disse sim. Mas eu não disse sim porque gostei de você. Eu me apaixonei por você. Apaixonei. Paixão. Paixão dura no máximo 5 anos pelo que já ouvi dizer. Mas a pessoa que você namorou, não era eu. Eu sei quem você achava que eu era e eu não era o que você achava. 
   Ei, querido, você ainda está lendo?
   Eu ainda lembro da nossa primeira briga. Você lembra? Eu sei que lembra. Eu ainda lembro do seu e meu aniversário que passamos juntos, lembra? Sim, você lembra. E das vezes que saímos só nós? Você também lembra. Você lembra de todos os momentos que passamos juntos, eu sei. E sabe porque você lembra? Porque você voltou atrás. Você veio me procurar e queria ler um "eu também ainda gosto de você", mas você saiu e não deixou 
eu terminar de concluir. E sabe qual era a conclusão? Você ainda não sabe, mas eu vou te contar. Preste atenção e leia devagar a cada palavra.
   O que você achava de mim? - Dramática? Ingênua? Carinhosa? PERFEITA? - Eu não sou nada disso. Eu sou aquela garota forte, sempre, e que mesmo que chore, isso não prova que sou fraca em alguns momentos, isso prova que eu coloco pra fora o ódio de mim. Carinhosa? Nunca fui, nunca sobre demonstrar meu amor, mas eu tentei te tratar bem. E, sabe, eu estava me matando. Sim, me matando. Sabe por quê? Porque eu estava forçando ser alguém que eu não era. E foi ai que eu descobri que não era amor, mas sim paixão. As pessoas costumam dizer que o amor é um sentimento ruim, mas não é, o amor é um sentimento bonito. Ou seja, as pessoas confundem amor com paixão. 
   Você tinha sonhos. E eu também. Mas você sempre decidiu os NOSSOS sonhos. E eu não consegui descordar. Burragem minha? Sim, foi burragem minha, eu fiz muitas burradas quando namorei com você. Não estou dizendo que namorar com você foi uma burragem, mas as minhas atitudes. Você nem sabia que eu planejava nunca me casar. Sabia? Sabia também que eu não queria morar em outro país? Sabia que eu preferia ser a esquisita do que a popular? Não, você não sabia de nada disso. 
   Lembra que a última frase que eu falei foi "Mas eu fiz a mesma coisa"? E você não quis que eu continuasse, mas eu vou falar o que era. Eu errei com uma pessoa e me arrependo muito e voltei atrás, mas diferentemente dessa pessoa, eu não lhe aceitei de volta porque eu sabia que você me fazia ser quem eu não era. Ah, lembrei também que eu perdi inspiração para fazer uma coisa que eu sempre gostei: Escrever. Ah, como eu amo escrever.
   Ah, reparou na imagem? Eu editei pra você entender melhor o que aconteceu entre nós.
   Mas, além de tudo isso, quero lhe dizer também que eu quero que você siga em frente e viva. Não quero guardar rancor de ninguém e por isso eu estou escrevendo essa carta para lhe desejar toda felicidade e que você tenha muitos anos de vida. Mas eu posso te dar uma dica? Quando você tiver uma outra namorada, preste atenção no que ela faz. Cuidado com as palavras que você for usar. E pergunte se ela quer viver o seu sonho com você ou se esse sonho não é o sonho dela.

De sua conhecida, Katlyn.

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